domingo, 20 de janeiro de 2013

Review Assassin's Creed III


A história de Assassin’s Creed correu junto com a atual geração de consoles. Ele foi um dos primeiros jogos a aproveitar plenamente o poder oferecido pelo Xbox 360 e PlayStation 3 e o final de sua primeira trilogia chega com o ocaso desses aparelhos.
Assassin’s Creed III fecha a narrativa de Desmond enquanto ele revive as memórias de seu antepassado, mestiço de moicano e britânico, que afeta a revolução de independência dos EUA.
Ratonhnhaké:ton, que adota o nome europeu Connor, é um assassino bem diferente de Altaïr e Ezio. Depois de ver sua vila destruída e receber ordens divinas sobre seu destino, ele é treinado para se tornar um assassino e luta contra os templários que tentam frustrar os planos dos Pais Fundadores. Cabe ao jogador reviver esse turbulento período histórico, lutando contra a conspiração e moldando o futuro dos Estados Unidos.


A Ubisoft mais uma vez fez um excelente trabalho ao recriar esse ambiente, escapando de alguns padrões da série. Apesar de boa parte da história se ambientar em Nova York e Boston, quem realmente rouba o show é a Fronteira, um enorme campo selvagem onde Connor caça e faz parkour por árvores, montanhas e cenários de cair o queixo como em nenhum outro game.
Ver as majestosas cachoeiras em uma tarde de verão, os enormes campos nevados durante o rigoroso inverno ou viajar pelas trilhas em meio a terríveis tempestades em Assassin's Creed III é uma experiência sem igual. É difícil não se impressionar como a naturalidade com que Connor se locomove pelos galhos e penhascos - mecânica inédita na série.
Boa parte das 30 horas de jogo não será gasta nas missões relacionadas diretamente à trama, mas em uma série de tarefas opcionais muito bem ambientadas em fatos históricos. Os dois principais destaques ficam para a criação de uma cidadela ao redor da casa do mestre de Connor e as fantásticas batalhas navais – mas existem dezenas de outras missões menores espalhadas pelas cidades. Apesar de parecerem menos numerosas e variadas do que as vistas em Assassin’s Creed 2, elas nunca abusam da paciência do jogador.
Infelizmente, todo esse primor veio com um preço: Assassin’s Creed III tem vários elementos mal acabados ou defeituosos. O jogo é repleto de bugs bizarros e tutoriais mal resolvidos. Além disso, o estranho final e as promessas de explorar melhor Desmond nunca se realizam, levando a um desfecho que não realiza o potencial prometido.
Apesar dos problemas, Assassin’s Creed 3 ainda é digno de sua linhagem. Connor merece seu lugar ao lado de Altaïr e Ezio, e um novo capítulo é aberto para o futuro da série.

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